Membros de organizações da sociedade civil no Namibe apelaram ao Presidente angolano João Lourenço a que adopte medidas mais activas no combate à fome que aumenta na província.
Os apelos foram feitos durante a visita de João Lourenço ao Namibe onde visitou diversas obras e projectos de infraestruturas, incluindo uma empresa do sector pesqueiro.
Ontem, domingo, o Presidente deslocou-se ao Caraculo.
Domingos Fingo, administrador da Associação Construindo Comunidades, disse que a prioridade deve ser dada à protecção da vida e só depois pensar-se na construção de infraestruturas.
“Nós estamos a solicitar encarecidamente que o chefe do Executivo declare o estado de emergência, para que em gesto de solidariedade as organizações internacionais possam auxiliar para ultrapassar esta realidade que estamos a vivenciar”, disse.
“Tem que se definir uma cesta básica, porque nós podemos dar três quilos de fuba, três quilos de arroz”, acrescentou.
Por seu lado, o académico Martinho Jamba Ganga, igualmente secretário do SINPROF, disse que o Presidente da República deve socorrer as pessoas com fome.
“Ninguém come betão, ninguém come cimento, ninguém come asfalto, o povo quer comida, como angolano sinto-me preocupado, o que o governo devia fazer era trazer comida porque o povo precisa de comida”, concluiu.
O Chefe de Estado João Lourenço terminou neste domingo, 21, a sua visita de três dias ao Namibe.