Ao quarto dia de combates não há sinais de acalmia das tensões. Os dirigentes arménios e azeris continuam a recusar qualquer tipo de mediação.
O Azerbaijão tenta recuperar o enclave separatista que perdeu durante a guerra de 1988-1994. Os arménios que vivem em Nagorno-Karabakh, apoiados por Erevan, reivindicam por seu lado uma série de vitórias e anunciam perdas do lado inimigo. Um conflito à porta da Europa que preocupa as capitais ocidentais e Moscovo.
Segundo uma declaração esta manhã do Ministério da Defesa da Arménia, as trocas de tiros continuam ao logo da linha de contacto. Erevan garante que dois drones foram abatidos durante a noite junto a Stepanakert, a principal cidade do enclave.
Por seu lado, o Azerbaijão informou de bombardeamentos esta manhã junto à localidade de Tartar, a uma dezena de quilómetros da linha de contacto. Citado pela agência russa Intefax, as autoridades azeris da Defesa afirmam que edifícios civis foram destruídos e avança com o registo de vítimas mortais.
Ontem à noite, o Conselho de Segurança da ONU pediu a cessação imediata das hostilidades e renovou o seu apoio aos mediadores americanos, russos e franceses.
Os membros do Conselho de Segurança “condenam veementemente o uso da força e lamentam a perda de vidas humanas civis” sublinhou o embaixador do Níger Abdou Abarry, presidente do Conselho de Segurança.
A França, nas palavras do Presidente Emmanuel Macron, está preocupada com as mensagens belicistas da Turquia. Mas Ancara diz-se determinada a apoiar o Azerbaijão para “recuperar as terras ocupadas”.
São os combates mais mortíferos desde 2016 nesta região chave, atravessada por oleoductos essenciais para o fornecimento dos mercados mundiais de petróleo e gás.