RTP|Lusa
O Presidente guineense, José Mário Vaz, disse que na Guiné-Bissau não pode haver espaço para os narcotraficantes e os seus cúmplices internos, salientando que a droga regressou depois de ter desaparecido nos últimos cinco anos.
“O fenómeno do tráfico de droga, que havia desaparecido nos últimos cinco anos, volta de novo em força para massacrar e fustigar o nosso povo”, afirmou José Mário Vaz, num discurso proferido no Palácio da Presidência por ocasião do 46.º aniversário da proclamação da independência da Guiné-Bissau.
Para o chefe de Estado guineense, os estrangeiros que trazem a droga regressaram porque “voltaram a sentir que agora têm de novo a cobertura e proteção de gente poderosa”.
“Na Guiné-Bissau que estamos a ajudar a mudar para um novo rumo não pode haver lugar para narcotraficantes e nem para os seus cúmplices internos. A todos eles, nós advertimos: Nunca Mais! Esta terra é nossa e nós queremo-la limpa”, afirmou o Presidente.
José Mário Vaz recordou que a droga corrói e destrói os “alicerces de uma Nação, mina as instituições do Estado e lança o povo na insegurança, violência e miséria”.
“Onde está a nossa justiça? Onde estão hoje os suspeitos destas operações que a todo o custo querem rotular o nosso país de narcoestado?”, questionou o Presidente.
A Polícia Judiciária da Guiné-Bissau apreendeu em março cerca de 800 quilogramas de cocaína e no início de setembro voltou a fazer uma apreensão de quase duas toneladas.
“Nós não podemos ficar todos prisioneiros de uma pseudo elite aliada a narcotraficantes estrangeiros”, avisou o Presidente guineense, sublinhando que o futuro do país está em risco.