Durante uma conferência de imprensa que ambos protagonizaram antes do concerto da segunda edição do projecto “Origens: Kizomba”, os dois artistas reviveram momentos marcantes, com destaque para produções musicais, shows e infância.
De forma descontraída, os artistas falaram das respectivas carreiras profissionais e da Kizomba, penetrando em temas que surgiram com a Independência e a história de um país novo.
De acordo com Eduardo Paim, a música ensinou-os a ser homens, revelando que apesar de ser simpático e comunicativo é sempre muito reservado.
Por seu turno, Paulo Flores fez saber que o semba é sua alma e que deste sua tenra idade tinha dentro de si esta linguagem.
“É um momento de celebração, de paz, mas de muita agitação e boas emoções. Temos que celebrar aqui a criatividade e a forma como a diversidade cultural faz crescer e ser maiores do que se pensa”, reforçou.
Paulo Flores é um dos cantores mais populares de Angola. Mudou-se para Lisboa durante sua infância. Começou como cantor de kizomba, lançou o seu primeiro álbum em 1988. As suas canções tratam temas diversos como o governo, a vida quotidiana dos angolanos, a guerra civil e a corrupção
Com vários prémios nacionais e no estrangeiro, na sua discografia estão os títulos “Sassassa”, “Coração Farrapo”, “Cherry”, “Tunda Mu Njila”, “Brincadeira Tem Hora”, “Inocenti”, “Perto do Fim”, “Recompasso”, “The Best”, “Xé Povo”, “Quintal do Semba”, “Ao Vivo”, “Ex-Combatentes (Viagens, Sembas e Ilhas)”, entre outros
Eduardo Paím exerceu uma grande influência no circuito musical angolano na década de 80, surgindo no início da década de 90 em Portugal, como um dos mais influentes criadores do género musical conhecido como Kizomba.
É autor do das musicas “Luanda, Minha Banda”, “Novembro”, “Do Kayaya” , – “Maruvo na Taça”, entre outras. MGM/ART