O presidente do Bloco Democrático mostrou-se preocupado com a situação política que o país vive hoje a seis meses das eleições gerais. Filomeno Vieira Lopes, apontou como exemplos, o facto da direcção do MPLA e da UNITA ainda não estarem definidas em função das anotações dos seus congressos, realizados em Dezembro último e, que precisam ser feitas, pelo Tribunal Constitucional.
A seis meses para a realização das eleições gerais em Angola, o Tribunal Constitucional ainda não deu provimento ou anotou os congressos do MPLA e da UNITA.
Os dois maiores partidos angolanos aguardam pela decisão do tribunal para validar ou anular os conclaves realizados em Dezembro do ano passado, em virtude de estarem, ambos os partidos, providencias cautelares interpostas pelos seus próprios militantes.
Esta situação está a preocupar o presidente do Bloco Democrático pelo facto de, até agora, não estar nada definido sobre as lideranças destes partidos.
Por outro lado, Filomeno Vieira Lopes que falava à margem do segundo encontro do Conselho Nacional do Bloco Democrático mostrou-se igualmente preocupado com a situação actual do País, tendo denunciado a falta de uma democracia efectiva em Angola facto que tem levado a que os processos eleitorais no País sejam conturbados.
Questionado se o ano de 2022 é de esperança para os angolanos, o Presidente do Bloco Democrático garantiu que este ano pode ser protagonizado em Angola um acto histórico com o registo da alternância política que a oposição tanto almeja, embora ainda se esteja a caminhar num processo pouco transparente.
No seu discurso de encerramento, Filomeno Vieira Lopes sustentou que Angola continua a viver uma autocracia onde a oposição serve apenas para legitimar a ditadura reinante.
A par da UNITA e do projecto político PRA-JÁ Servir Angola, o Bloco Democrático é um dos partidos que integra a Frente Patriótica Unida, a plataforma que pretende colocar o MPLA na oposição.