27 C
Loanda
Quinta-feira, Novembro 21, 2024

MPLA critica políticos que utilizam os jovens à desacreditação das instituições e à violação do “jogo democrático”

PARTILHAR
FONTE:JA

Sem citar nomes, o presidente do grupo parlamentar do MPLA, Américo Cuononoca, denunciou a existência, no país, de políticos que recorrem à manipulação de jovens, com vista à desacreditação das instituições e à violação do “jogo democrático”.

O deputado, que falava durante a sessão plenária da última quinta-feira, na Assembleia Nacional, disse ser obrigação da presente geração de políticos deixar um legado recheado de princípios democráticos, convivência pacífica, tolerância, respeito pelo património público e unidade na diversidade.

Américo Cuononoca condenou os actos de violência, intimidação e coacção protagonizados por apoiantes do Presidente cessante dos Estados Unidos da América, Donald Trump, contra os congressistas norte-americanos. Considerou o acto uma “atitude contra a democracia e a liberdade dos congressistas e deputados americanos”.

No dia 6 deste mês, apoiantes de Donald Trump invadiram o Capitólio, sede do Poder Legislativo federal dos EUA, para parar a sessão que certificaria a vitória de Joe Biden nas eleições de Novembro.

Os invasores, alguns já detidos, violaram as barreiras de segurança colocadas em redor do edifício e entraram nas instalações, partindo janelas e portas, o que obrigou a suspensão da sessão em curso e protecção dos legisladores.

Segundo relatos de vários órgãos de comunicação internacionais, durante os distúrbios, morreram quatro civis e um polícia. Donald Trump negou qualquer responsabilidade nos tumultos. O líder parlamentar do MPLA disse ter sido um “péssimo exemplo, que mancha a História daquela potência mundial”.

“Não podemos deixar de manifestar a nossa tristeza pelos acontecimentos ocorridos nos EUA, no calor da disputa eleitoral, sendo o mundo surpreendido pela violência, intimidação e coacção contra os congressistas pelos manifestantes que se introduziram no Capitólio, o Parlamento”, exprimiu Cuononoca, citado pela Angop.

O deputado angolano manifestou a solidariedade do MPLA com o povo americano, lembrando que a guerra pós-eleitoral ocorrida em Angola, no período de 1992 a 2002, também teve a condenação da comunidade internacional, em especial do Conselho de Segurança da ONU.

Esse apoio, recordou, assentou na Resolução 864/93, que condenou acções violentas por não aceitação dos resultados eleitorais e o conflito que se seguiu durante 10 anos de prejuízos humanos e materiais incalculáveis.

spot_img
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
spot_imgspot_img
ARTIGOS RELACIONADOS

O tempo está a contar para o desafio urgente da criação de emprego na África Subsariana, alerta o FMI

Para empregar uma população em crescimento, a região precisa de transformar os empregos informais, reduzir as barreiras ao crescimento...

As consequências do próximo “ajustamento estatutário” do MPLA

Confirmou-se na quarta-feira em Luanda (9/10) a possibilidade do Presidente João Lourenço continuar a liderar o MPLA depois de...

Disputa da liderança do MPLA

Analistas em Luanda apontam vários cenários sobre o futuro da liderança do partido no poder em Angola, MPLA. Para...

YMCA: os 180 anos de associação cristã que ganhou Nobel da Paz, virou hit musical e inventou o vôlei

A Londres pós-Revolução Industrial vivia um alvoroço social. De um lado, a falta de legislação trabalhista fazia com que...