O pré-candidato à liderança do MPLA, António Francisco Venâncio, disse nesta terça-feira, 2, à VOA, que a pressão sobre os militantes para não apoiarem a sua candidatura aumentou de intensidade, nos últimos dias, em todo o país.
Venâncio sublinhou que a imprensa pública angolana continua a contribuir para incutir na mente dos militantes a tese de que deve haver uma só candidatura no VIII congresso que se realiza em Dezembro, a do actual líder João Lourenço.
“Todas as províncias estão neste momento num processo de mono-candidatura e, se nós já estávamos com dificuldades, agora as coisas pioraram”, revela.
A pouco menos de três dias para o fim do prazo de entrega das assinaturas à subcomissão de candidaturas, o aspirante ao mais alto cargo do partido no poder evita falar em fracasso do seu projecto com o argumento de que “ainda é cedo para dizer se vai falhar ou não e que “a nossa missão está apenas a começar”.
“A nossa missão é demonstrar ao país e ao mundo que é possível democratizar o MPLA e o país”, afirma.
O pré-candidato diz igualmente não estar preocupado com o fim do prazo para a formalização da sua candidatura e promete fazer uma comunicação ao país, nas próximas horas, para “tomar uma posição relativamente à situação”.
João Lourenço mostra “força”
Entretanto, o Presidente do MPLA, João Lourenço já formalizou a candidatura à sua própria sucessão com a entrega de mais de 21 mil assinaturas, segundo o seu mandatário, general Pedro Neto.
O processo de apresentação de candidaturas aos cargos de presidente, vice-presidente, secretário-geral e primeiros-secretários provinciais do MPLA iniciou no dia 20 de Outubro.
O prazo para a entrega das assinaturas termina a 5 de Novembro, a que se seguirá a campanha eleitoral interna de 23 de Novembro a 7 de Dezembro.
O VIII congresso ordinário do MPLA realiza-se de 9 a 11 de Dezembro deste ano, em Luanda.