A comissão intersectorial para a prevenção e controlo da covid – 19 do município dos Bundas, província do Moxico, solicitou, nesta quinta-feira, o reforço do efectivo policial para assegurar o controlo da fronteira com a República da Zâmbia.
O coordenador da comissão local, Bento Paulino Luembe, que falava durante um encontro orientado pelo governador provincial, Gonçalves Muandumba, informou que a comissão recebe, de forma permanente, denúncias sobre a violação da fronteira.
O também administrador municipal dos Bundas informou que, desde a implementação do Estado de Emergência no país, o município registou a entrada de 112 cidadãos nacionais.
No sentido oposto, registou a saída de 52 cidadãos zambianos que se encontravam nas comunas de Luvuei, Lutembo e na sede municipal ( Lumbala Nguimbo).
O responsável indicou que neste momento 14 cidadãos cumprem a quarentena institucional no centro de Lumbala Nguimbo.
Sobre as medidas de prevenção, avançou que a administração local, em colaboração com os líderes tradicionais e religiosos, tem estado a sensibilizar a população e a distribuir material de higienização.
Em relação aos mais vulneráveis, indicou que foram assistidas 787 cidadãos nacionais 19 zambianos que se encontravam retidos na municipalidade.
Por seu turno, Gonçalves Muandumba disse que vai analisar com o comando das Forças Armadas Angolanas (FAA) e da Polícia Nacional (PN) a possibilidade de se movimentar uma parte de seu efectivo estacionado na cidade do Luena para reforçar a segurança da fronteira deste município.
O governador provincial, que durante três dias trabalha nesta circunscrição, deslocar – se – á a comuna de Missuma Mitete, para constatar as condições na fronteira.
Com uma extensão territorial de 41.290 quilómetros quadrados, o município dos Bundas é um dos nove da província do Moxico e dista a 356 quilómetros da cidade do Luena, capital provincial.
Subdividido em seis comunas: Luvuei, Lutembo, Missuma Mitete, Chiúme, Ninda e Sesesa, o município partilha uma fronteira comum com a República da Zâmbia de 320 quilómetros de extensão.
A circunscrição conta com oito postos fronteiriços, seis dos quais ( Muica, Luvu, Zovo, Macolo, Mapelanga “Malundo” e Kachili) estão protegidos pela Polícia da Guarda Fronteira.
Os dois postos desprotegidos e as áreas do rio Nengo e Luanguinga constituem os principais pontos de entrada clandestina de imigrantes ilegais no país.