Moscovo faz chegar esta quinta-feira a Washington a resposta às propostas dos Estados Unidos sobre a segurança na Europa.
Foi o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, quem fez anúncio em conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo italiano, Luigi di Maio.
A uma pergunta sobre uma data para a desejada redução da tensão entre a Rússia e o Ocidente, Lavrov respondeu: “Quanto a saber se a escalada terminará a 20 de Fevereiro, não sei, porque não estamos a escalar, não o estamos a fazer. Não resolveremos estes problemas até chegarmos a acordo sobre as posições-chave de que depende a segurança na Europa. Nomeadamente, a não expansão da NATO para Leste, a não utilização de armas de ataque, o respeito pela configuração político-militar que existia na Europa no momento da assinatura do acto fundamental Rússia-NATO”.
O ministro italiano dos Negócios Estrangeiros, Luigi di Maio, disse que os dois tiveram uma conversa muito profunda sobre a crise entre a Rússia e a Ucrânia, tendo afirmado: “O Ministro Lavrov disse-me que existe toda a vontade russa de encontrar uma solução diplomática para esta crise. E à luz do que foi dito em Kiev há alguns dias pelo Ministro Kuleba e hoje pelo Ministro Lavrov, existe vontade de ambos os lados para encontrar uma solução diplomática”.
O ministério da Defesa russo informou que cerca de 10 comboios com carga excessiva, pesada ou perigosa partiram da Crimeia após um exercício militar em larga escala, dando a entender uma redução militar junto às fronteiras da Ucrânia.
Em contradição com o que sugerem as imagens e com o que diz Moscovo, Washington afirma que a acumulação militar russa perto das fronteiras ucranianas está a crescer. Os Estados Unidos dizem que a Rússia terá enviado mais 7 mil soldados para a região fronteiriça.