O presidente de Angola, João Lourenço, decretou sete dias de luto nacional pela morte de José Eduardo dos Santos e a realização de um funeral de Estado para o homem que presidiu aos destinos do país, durante 38 anos.
O decreto determina ainda que a bandeira nacional estará a meia haste no país e em todas as representações diplomáticas angolanas pelo mundo e que serão suspensos todos os espetáculos e manifestações públicas.
O antigo presidente de Angola, de 79 anos, estava internado numa clínica em Barcelona desde 23 de Junho, altura em que sofreu uma paragem cardiorrespiratória. Desde aí encontrava-se em coma induzido.
Não se sabe ainda quando o corpo do ex-líder chegará a Angola, nem onde será sepultado.
Uma das filhas requereu uma autópsia para determinar as causas da morte, antes de o corpo ser trasladado para o país.
José Eduardo dos Santos padecia de vários problemas de saúde desde 2006 e era acompanhado por uma equipa médica da capital catalã, onde tinha residência permanente.
No comunicado da Presidência da República de Angola sobre a morte de João Lourenço lê-se: “O Executivo da República de Angola inclina-se, com o maior respeito e consideração, perante a figura de um Estadista de grande dimensão histórica, que regeu durante muitos anos com clarividência e humanismo os destinos da Nação Angolana, em momentos muito difíceis”.
O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa telefonou ao presidente João Lourenço, apresentou condolências e já anunciou que estará presente no funeral de José Eduardo dos Santos, acompanhado do chefe da diplomacia portuguesa, o ministro João Gomes Cravinho.