Os acidentes rodoviários no conhecido morro do Binda, a 15 quilómetros a Oeste da cidade de Ndalatando, na estrada nacional 230, diminuíram significativamente depois da abertura do novo troço rodoviário que vai da vila de Maria Teresa até à capital do Kuanza-Norte.
Com a abertura do novo troço rodoviário, há mais de um ano, as viaturas que circulam entre Luanda e Ndalatando evitam o Morro do Binda, utilizando a nova estrada.
Além do perigo que representa o Morro do Binda para os automobilistas, o novo troço rodoviário, também conhecido como estrada da Trombeta, encurta a distância entre Luanda e Ndalatando em cerca de 70 quilómetros.
Segundo apurou o Jornal de Angola no local, o Morro do Binda é utilizado apenas por um reduzido número de viaturas que circula entre o Dondo e Ndalatando, o que contribui para a diminuição dos casos de acidentes de viação no local.
O morro tem sucessivas curvas e uma inclinação de dez por cento. Com ribanceiras nos dois extremos do troço, a via é estreita, o que recomenda a uma condução cuidada. Pelas suas características e pelo número de acidentes que se registam no local, o Morro de Binda foi baptizado pela população do Kuanza-Norte como “Ponto Negro”.
Pelo grau de perigo que representa, a circulação neste percurso deve obedecer rigorosamente a regras de condução, sobretudo pelos motoristas dos camiões. O Destacamento de Prevenção e Socorro à Sinistralidade recomenda aos condutores, sobretudo aos camionistas, a rigorosos procedimentos de condução, travões afinados e o excesso de velocidade.
Dados do comando provincial da Polícia Nacional no Kuanza-Norte indicam que, de Janeiro a Dezembro de 2011, registaram-se no local 313 acidentes de viação, causando a morte a 54 pessoas e o ferimento a 326 outras.
De acordo com um relatório do comando provincial da Polícia Nacional no Kwanza-Norte, durante o primeiro semestre deste ano registaram-se no Morro do Binda 174 acidentes que resultaram na morte de 31 pessoas e o ferimento de outras 188, o que representa uma redução significativa.
O relatório da Polícia refere que os acidentes registados causaram prejuízos avaliados em mais de 53 milhões de kwanzas.
Segundo o porta-voz da corporação, inspector-chefe Gaspar José, dos acidentes registados no primeiro semestre deste ano, houve 87 colisões entre veículos e motociclos, 78 atropelamentos, 72 despistes, 47 colisões entre veículos automóveis, 20 capotamentos e nove colisões contra obstáculos fixos.
A falta de precaução dos automobilistas tem sido a maior causa de acidentes no local, principalmente com motoristas de camiões.
Apesar da sinalética de 10 por cento do morro, muitos automobilistas ousam descê-lo a alta velocidade e na impossibilidade de transpor uma das curvas despistam-se.
Foi com o objectivo de prevenir a morte por acidente que as autoridades angolanas instalaram no local um Destacamento de Prevenção e Socorro à Sinistralidade.
O destacamento garante a prevenção e segurança rodoviária aos utentes da via. Os efectivos têm o apoio de helicópteros para missões de resgate e prestação de socorro aéreo para casos urgentes na estrada nacional 230.
O destacamento tem um armazém, uma sala operativa, onde funcionam as forças mistas, um gabinete do comandante, uma sala de comunicações, refeitório com 40 lugares e quatro dormitórios.
