Vivienne Westwood morreu, esta quinta-feira, em Inglaterra, aos 81 anos. De “rainha do punk” a dama da corte inglesa, a criadora britânica de moda ficou conhecida desde a década de 1970 por transformar a provocação em arte e trazer o ativismo político aos desfiles.
“Vivienne Westwood morreu hoje, pacificamente e rodeada pela família, em Clapham, na zona sul de Londres. O mundo precisa de pessoas como Vivienne para fazer uma mudança para melhor”, lê-se numa publicação partilhada na conta oficial da Vivienne Westwood no Twitter.
Nascida 08 de abril de 1941, em Inglaterra, cedo Westwood se tornou na mão por trás do vestuário andrógino e planfetário que a popularizaram, mantendo sempre uma atitude irreverente contra o sistema.
Em 1971, abriu a sua primeira loja, na King’s Road, em Londres, com o namorado da altura, Malcolm McLaren, agente da banda Sex Pistols. A loja, inicialmente batizada Let It Rock, acabou por mudar de nome várias vezes ao longo dos anos 1970: Too Fast to Live, Too Young to Die, Sex e Seditionaries foram outros nomes que teve o negócio.
Ao longo da carreira acabou por desenvolver figurinos para a banda Sex Pistols, nomeadamente a famosa t-shirt com a frase “God save the Queen”, onde os olhos e a boca da monarca surgiam tapadas.
A provocação não a impediu de ser condecorada pela rainha Isabel II, em 1992, com a Ordem do Império Britânico, pelo trabalho desenvolvido na indústria da moda e nas artes, e, em 2006, com o título de Dama.
Recentemente Westwood era defensora de uma compra e utilização mais responsáveis de roupa, de forma a proteger o planeta, tendo-se mostrado crítica da “fast fashion”, a moda de consumo rápido.