Jorge Sampaio era no Partido Socialista, uma das figuras políticas a quem se atribuía perfil para Presidente da República, a par de António Guterres e outros nomes, quando a imprensa se debruçou na questão da sucessão do então Presidente Mário Soares. O tempo deu razão aos argumentos dos analistas e a verdade é que a sua ascensão ao cargo máximo de Presidente da República, viria a confirmar-se nas urnas tempos depois.
Jorge Sampaio exerceu o cargo e o seu mandato propiciou um relacionamento exemplar com as ex-colónias portuguesas e Angola não foi excepção. É neste quadro que se inscreve a sua figura enquanto estadista de relevo nas relações entre os países hoje inseridos na CPLP, uma plataforma de diálogo e de interesses vários, dos quais foi um dos impulsionadores.
A triste notícia:
Morreu nesta sexta-feira, aos 81 anos, Jorge Fernando Branco Sampaio, que era actualmente presidente da Plataforma Global para os Estudantes Sírios, fundada por si em 2013. O também Presidente da República entre 1996 e 2006 estava internado nos cuidados intensivos do Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide, por insuficiência respiratória desde 27 de Agosto, altura em que ficou “em observação/vigilância médica”.
Funeral de Estado deverá realizar-se no domingo
Jorge Sampaio terá um funeral de Estado, tal como teve Mário Soares, mas com algumas diferenças a pedido da família. Ainda que o modelo não esteja completamente fechado, é já certo que o velório será no sábado, no antigo Museu dos Coches (o Picadeiro Real do Palácio de Belém), enquanto a cerimónia fúnebre terá lugar nos claustros do Mosteiro dos Jerónimos, provavelmente já no domingo.
Segundo o PÚBLICO apurou, a família do ex-Presidente da República e o Protocolo do Estado ainda terão uma reunião esta tarde para fechar alguns detalhes, entre os quais o dia do funeral. A ideia inicial era de que se realizasse ao terceiro dia, na segunda-feira, mas a previsão de chuva para esse dia impossibilitaria a cerimónia nos claustros do Mosteiro dos Jerónimos, pelo que deverá ser antecipado para domingo. (Público)
Por: Leonete Botelho