Moçambique tem 31 mil funcionários públicos fantasma, que surgem na lista de salários, mas ninguém sabe quem são, revelou esta quinta-feira Feliciano Chavana, dirigente do Ministério da Economia e Finanças (MEF).
“Há 31 mil funcionários que ninguém sabe quem são”, disse Feliciano Chavana durante uma mesa redonda sobre o sistema de gestão de recursos humanos do Estado.
O dirigente disse que isto acontece devido a admissões fora do quadro legal.
Uma parte das admissões são realizadas porque foi “um vice-ministro ou um secretário permanente que ordenou”, comentou Chavana.
No entanto, não foi adiantado nenhum valor sobre quanto representa esta parcela de pagamentos nas contas do Estado.
Aquele responsável alertou ainda para o caso de funcionários que se desligaram do aparelho de Estado e que continuaram a receber os seus ordenados durante vários anos.
“Existem instituições em que se pensa que há um determinado número de funcionários, mas paga-se muito mais”, lamentou.
Por seu turno, Inocêncio Impissa, diretor nacional adjunto de Organização do Território, no Ministério da Administração Estatal e Função Pública, comentou que há um número excessivo de funcionários.
“O Estado não devia admitir mais pessoas nos próximos cinco anos”, defendeu, sendo que o Estado moçambicano emprega atualmente cerca de 366 mil funcionários. (Observador)
por Lusa