A multinacional anglo-australiana Rio Tinto aconselhou os seus trabalhadores estrangeiros em Moçambique a retirarem “temporariamente” os familiares do país, devido à instabilidade militar na zona centro, disse uma fonte da empresa ao semanário “Savana”.
Moçambique vive a sua pior tensão política e militar desde a assinatura do Acordo Geral de Paz em, 1992, devido a confrontos entre as forças de defesa e segurança e antigos guerrilheiros da Resistência Nacional de Moçambique (Renamo), principal partido da oposição, por causa de diferendos entre o movimento e o Governo sobre a lei eleitoral.
Em declarações ao “Savana”, fonte da Rio Tinto revelou que a empresa aconselhou os trabalhadores estrangeiros da companhia a retirarem “temporariamente” as suas famílias, como medida de precaução devido à tensão.
“A Rio Tinto confirma que pediu às famílias dos seus colaboradores estrangeiros para regressarem temporariamente para os seus países de origem. A segurança dos colaboradores e das suas famílias é prioridade número e a empresa vai continuar a acompanhar a situação e a responder de maneira apropriada”, indica a fonte.
As operações da empresa, adianta a notícia do “Savana”, vão continuar, incluindo a exportação do carvão.
A Rio Tinto detém uma das maiores concessões de carvão no distrito de Tete, centro de Moçambique, região onde ainda não se registaram confrontos militares entre a Renamo e as forças de defesa e segurança do país, mas próxima dos focos de conflito. (jn.pt)