A Associação Médica de Moçambique pondera expulsar os médicos que, por razões não justificadas, não aderem à greve nacional da classe em curso desde o dia 10 de Julho. Estes profissionais, exigem do governo, melhores condições de trabalho, salariais bem como o pagamento de horas extraordinárias devidas pelo estado.
Foi em comunicado que a Associação Médica fez saber da decisão da expulsão de membros que não aderem à greve e que a proposta será em breve submetida à assembleia geral da agremiação e ao conselho directivo da Ordem dos Médicos, isto numa altura em que estes profissionais saíram à rua, desta vez na cidade da Beira para exigir melhores condições salariais, de trabalho. Leonel Andela, Porta-voz dos grevistas apela à adesão de todos.
“Esta luta não é só da classe médica. Esta luta é pelo serviço nacional de saúde. Nem todos os moçambicanos têm condições para pagar assistência médica numa clínica privada, nós temos que ter hospitais com mínimo de condições. Pedimos para que os doentes e a sociedade civil no geral se juntem a esta luta”.
Para os grevistas o Ministério da Saúde é um entrave nas suas reivindicações ao governo e convidam o ministro do sector, Armindo Tiago a juntar se a causa que também é sua.
“Que tenha sensibilidade por esta causa, porque esta causa também é dele”.
Dizer que a terceira greve nacional dos médicos em Moçambique, iniciada a 10 de Julho vai continuar até que o governo satisfaça as suas exigências.