Soubemos que o jovem atropelado a escassos metros do Condomínio Cajueiro, na avenida Pedro de Castro Van-Dúnem, Loy perdeu a vida, não resistindo aos graves ferimentos sofridos. Mais um caso a exigir do Governo Provincial de Luanda responsabilidades para a importância da iluminação pública nas nossas avenidas.
Segundo informações apuradas no local, sexta feira, a vítima atravessou a rua a correr perto da meia noite para apanhar um dos poucos táxis em circulação. Na mesma faixa em que seguia surge uma viatura em alta velocidade que não deu tempo à vítima de alcançar o transporte que o levaria a casa.
Um violento estrondo alertou a vizinhança para mais um desastre, naquele ponto crítico, isento de iluminação pública há bastante tempo. Consequências: um corpo estendido no asfalto e o responsável pelo sinistro, com medo de represálias, a assumir muito tempo depois, o transporte do ofendido para o hospital mais próximo, onde veio a falecer horas depois.
Mais uma vida se perde, sem que o Governo Provincial de Luanda, ou a administração do Kilamba Kiaxi tomem providências para evitar o que toda a gente reclama: melhores condições de segurança nas vias, com iluminação permanente nocturna e sinais de proibição à velocidade (mais de 100 quilómetros à hora), numa localidade densamente povoada, como é o Bairro do Golfe 2. Só isso configura violação flagrante às regras de trânsito e de segurança rodoviária, passível de responsabilização, neste caso do próprio Estado, que não zela pelas condições de mobilidade dos peões, nas vias sob sua jurisdição.
Enfim, mais uma vida se perde de forma traumática, por incúria das autoridades municipais, que não aprenderam ainda a investir em questões de segurança rodoviária, nas localidades densamente povoadas, colocando semáforos, sinais de trânsito, barreiras sonoras e iluminação essenciais para inibir a velocidade dos condutores, que não respeitam as leis do trânsito nas respectivas circunscrições.
Uma violação flagrante às regras de condução, com custos evidentes em vidas humanas, como esta que se perdeu por um gesto espontâneo, na altura em que decidiu correr para apanhar o transporte que o levaria a casa. Onde estás tu, Governo Provincial de Luanda, que deixas morrer gente, assim a coberto da escuridão do asfalto?
É um filme que não queremos ver nas nossas muito mal servidas avenidas, por conta da ausência de meios de informação, inibição e iluminação públicas…
A Avenida Pedro de Castro Van-Dúnem Loy junta-se deste modo a outras, como a 21 de Janeiro, vulgo Rocha Pinto, a Estrada de Catete ou Deolinda Rodrigues, a Via Expressa e a via de acesso a Cacuaco, que a par da sua utilidade constituem os mais modernos e selectivos corredores da morte em Luanda, onde nada se faz para acautelar a vaga de acidentes, que acontecem todos os dias, sob o olhar silencioso das nossas autoridades municipais. Este alerta é mais um a somar a outros que a nossa comunicação social tem evidenciado todos os dias. Até quando?