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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Ministro visita Infraestruturas: Incentivada modernização dos órgãos de informação

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Manuel Homem garantiu que algumas das dificuldades apresentadas pelos responsáveis poderão ter solução imediata.

O ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Manuel Homem, defendeu, ontem, a necessidade urgente de modernização dos serviços da Edições Novembro, Rádio Nacional de Angola (RNA) e Televisão Pública de Angola (TPA), numa jornada de campo que efectuou às infraestruturas técnicas dos órgãos públicos, nos municípios do Cazenga e Viana, em Luanda.

Manuel Homem, que falou no final da segunda fase da visita guiada de constatação, recebeu explicações detalhadas sobre o funcionamento dos três órgãos.

Quanto aos órgãos de comunicação visitados, referiu ter identificado um conjunto de dificuldades apresentadas pelos responsáveis, garantindo que muitas delas poderão ter solução imediata no trabalho conjunto a ser realizado.

Manuel Homem anunciou que o programa de migração digital da TPA está na fase piloto e vai permitir o acesso a todo o território nacional da televisão digital por satélite.

“O sinal ainda é analógico, mas já foi feita a revisão dos transmissores para aumentar o acesso gratuito em sinal aberto”, esclareceu. O ministro defendeu, por outro lado, uma programação da Rádio Viana e Cazenga voltada aos munícipes, com o retrato fiel da realidade local e um serviço de comunicação que atenda aos anseios da comunidade, principalmente os jovens.

Manuel Homem iniciou a jornada de campo no Centro Gráfico da Edições Novembro, no bairro da Cuca, município do Cazenga, onde se faz a pré-impressão e impressão dos jornais e terminou no Centro Emissor da RNA e TPA, em Viana.

No Centro Gráfico, o ministro constatou a área de impressão, a central de refrigeração das máquinas, a oficina de rotativa, as futuras salas de formação, entre outras áreas. Em Viana, Manuel Homem visitou os armazéns da Edições Novembro.

Em relação a esta empresa, Manuel Homem referiu que os problemas que tem estão relacionados com as condições de trabalho, técnicas e operacionais das infra-estruturas do Centro Gráfico. Sublinhou a necessidade da melhoria das instalações e das condições técnicas para garantir um melhor funcionamento da Gráfica.

Manuel Homem manifestou-se preocupado com a ocupação ilegal do terreno da zona onde está instalado o Centro Emissor da TPA e RNA, em Viana.

O ministro foi informado que dos 20 hectares do espaço já foram ocupados, ilegalmente, vários lotes e apelou à correcção do problema, com a intervenção da Administração Municipal de Viana.

“Estamos bastante preocupados. Este espaço foi reservado para que se instale infra-estruturas técnicas ou outras pertencentes à TPA. O Conselho de Administração tem orientações concretas para trabalhar com a administração municipal para, urgentemente, ultrapassar esta situação”, sublinhou.

O ministro disse que a visita permitiu, também, constatar que as condições técnicas do sinal analógico ainda em uso podem ser melhoradas.

Informou que foram feitas, recentemente, revisões dos transmissores, através do programa de recuperação, que iniciou nas províncias do Bengo, Uíge e Zaire, para garantir o acesso ao sinal de televisão aberto e gratuito.

“Já está a acontecer. Terminámos o processo de reparação do sinal aberto no Bengo e Uíge e está em curso o processo de reparação dos emissores da província do Zaire”, acrescentou, sublinhando que o objectivo é alargar o programa a todo o país.

“Combinado com outros programas de migração que estão em curso e de transmissão por satélite, rapidamente iremos cobrir toda a extensão territorial do ponto de vista de televisão”, sublinhou.

Sinal da TPA gratuito O director da Rede de Difusão da TPA, Mfinda Nzuzi, explicou que o Centro Emissor tem a função de transmitir o sinal da TPA gratuito. “A partir desta estação, irradiamos o sinal via terrestre e, de uma antena normal, a população pode aceder aos programas nas frequências 191, para a TPA 1, e 225.25, para TPA 2”, esclareceu.

Alfredo Marrajal de Barros, director de produção do Centro de Produção da Edições Novembro, informou que a principal dor de cabeça tem a ver com os equipamentos.

“Muitos são antigos, outros precisam de manutenção contínua, mas com o fecho das fronteiras ficámos um tempo sem fazer manutenções”, sublinhou. O responsável informou, também, que o sistema de refrigeração, que tem um papel preponderante nas instalações, está com problemas.

“São vários os sistemas que temos com deficiência ou avariados, entre eles o sistema de refrigeração da máquina principal, que já está parado há cerca de quatro anos”, esclareceu. A situação obriga a empresa a recorrer a torres de ar condicionado para refrigerar a máquina e os equipamentos electrónicos.

Na visita de campo, acompanharam o ministro , o secretário de Estado para a Comunicação Social, Nuno Caldas Albino, directores nacionais e presidentes dos Conselhos de Administração dos órgãos públicos.

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