O ministro das Telecomunicações Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Augusto Oliveira, reafirmou hoje a intenção das autoridades “de transformar Angola numa hub de telecomunicações” para a materialização de um dos postulados do Livro Branco das Telecomunicações e Tecnologias de Informação.
Para a concretização deste objectivo, de acordo com Mário Oliveira, dada a cobertura geográfica do satélite Angosat-2, Angola iniciou contactos com países da região, e não só, para a comercialização da capacidade do satélite na prestação de serviços de conectividade entre entidades e empresas da zona.
O ministro teceu estas considerações durante o acto inaugural do Centro de Controlo e Missão de Satélites, presidido pelo Chefe de Estado João Lourenço, na zona da Funda, em Luanda.
O governante declarou que com o ecossistema constituído pelo Angosat-2, os cabos marítimos internacionais, a ligação em fibra óptica terrestre com os países limítrofes, como já acontece com a República Democrática do Congo, com certeza, que este desiderato (hub) será alcançado.
Por outro lado, Mário Oliveira sublinhou que, a partir da infra-estrutura hoje inaugurada, é possível acompanhar, controlar e monitorar até três satélites simultaneamente, pois o projecto Angosat-2 prevê o lançamento de outros satélites para diversas finalidades.
Fez saber que o trabalho actualmente realizado no centro abrange a realização de tarefas de planificação das operações, monitoramento do funcionamento dos subsistemas, manobras de balísticas, visando a manutenção do satélite na sua posição orbital, tarefas executadas e geridas, a cem por cento, por jovens quadros.
“Um dos maiores desafios da nosso sector é trabalhar para a melhoria da taxa de penetração dos serviço de telecomunicações de forma a que cheguem a todos os cidadãos com qualidade e preços acessíveis, independentemente da sua localização geográfica”, frisou.
O responsável afirmou que no capítulo das comunicações móveis, o pelouro tem como metas aumentar a cobertura da rede 3G dos actuais 73% (por cento) para acima dos 90 %, de 4G dos actuais 22% para 40%, o alargamento da rede 5G para as principais cidades do país, bem como elevar o número de assinantes de internet, por 100 habitantes, de 28% para 77%.
Sustentou que esta ambição só é possível de ser concretizada com o recurso a uma infra-estrutura de comunicações de suporte robusta que cubra todo o território nacional, combinando sistemas de transmissão via fibra óptica terrestre e marítima, sistemas de micro-ondas via rádio e via satélite, de onde se destacam a transmissão via Angosat-2 e o projecto de rede nacional de banda larga em fibra óptica.
TV em sinal aberto
Fez referência ao programa de migração digital para televisão que será um dos beneficiários dos serviços do Angosat-2 e que se constituirá numa mudança total do paradigma da TV, em que os canais de televisão nacionais serão recebidos em sinal aberto com a qualidade requerida e com outros benefícios, como por exemplo os sistemas de alerta a catástrofes naturais, internet, entre outros serviços.
O ministro das Telecomunicações Tecnologias de Informação e Comunicação Social fez questão de frisar que a transmissão, em directo, da cerimónia de inauguração do Centro de Controlo e Missão de Satélites, realizada pela Televisão Pública de Angola (TPA) foi feita por via do Angosat-2.