O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo, Diamantino Azevedo, defendeu esta segunda-feira, em Luanda, a permanência de Angola na OPEP.
O ministro vincou essa posicionamento durante o encontro com jornalistas e influenciadores de opinião para a troca de opinião sobre a Organização dos Países Produtores de Petróleos (OPEP), que comemorou no passado dia 14 de Setembro 60 anos.
“Enquanto a presença de Angola na OPEP não for contra os princípios e interesses do nosso país, não vemos qualquer necessidade de sairmos da organização, porquanto é um fórum muito importante no âmbito da estabilização dos preços do petróleo, na procura de preços justos para os produtores e consumidores”, disse o governante.
Noutra vertente, o ministro fez uma incursão sobre as metas e objectivos dos sectores petrolíferos e dos recursos minerais.
Em relação a estes dois subsectores, destacou todo o processo de reestruturação que levou à aprovação de novos modelos de governação para os dois sectores, que culminou com a criação da Agência Nacional de Petróleo e Gás, Agência Nacional de Recursos Minerais, Instituto Regulador de Derivados de Petróleo, formação de quadros para o sector, bem como a extinção da Ferrangol.
Aspectos como a criação do Polo de Lapidação de Diamantes, em Saurimo, os projectos de construção das refinarias de Cabinda, Soyo, Lobito, a estocagem de combustíveis e o Conteúdo Local do Sector Petrolífero foram igualmente aflorados.
No final do encontro, o empresário Pedro Godinho defendeu a importância de haver a partilha de opiniões e naturalmente fazer um brainstorming sobre o sector, tendo realçado ser fundamental que encontros do género ocorram mais vezes, tendo acrescentado ser louvável o novo modelo de governação aberta com a participação dos parceiros sociais.
Para o analista económico Carlos Rosado de Carvalho, o encontro foi proveitoso pelo facto de visar o incremento de conhecimentos e informações sobre o sector que em outras circunstâncias não as teriam.
Angola é membro da OPEP desde Dezembro de 2006.
Enquanto membro tem apoiado as estratégias que visam buscar o equilíbrio no mercado petrolífero mundial, entre a procura e oferta.
Com base na quota de produção definida pela OPEP em Abril último, devido a crise na procura provocada pelo confinamento social, para evitar a propagação da covid-19, Angola está com uma produção de um milhão e 180 mil barris/dia.
O corte feito é de 348 mil barris dia.
O corte é de 23% para todos os Estados signatários do acordo e tem como referência o histórico diário de Outubro de 2018, altura em que Angola tinha uma produção diária de um milhão e 528 mil barris.