O Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação está a desenvolver uma plataforma electrónica para conciliar o ensino semi-presencial e o a distância, nesta fase da Covid-19.
De acordo com o secretário de Estado para o Ensino Superior, Eugénio Silva, a ferramenta, que será distribuída às instituições de ensino, vai conter funcionalidades diversas que permitem a disponibilização do material, bem como acompanhar a aprendizagem do estudante ao receber às aulas.
Com a ferramenta, adiantou o responsável, pretende-se conciliar o ensino semi-presencial e o a distância.
Eugénio Silva, que participou no webinar, na sexta-feira, que abordou o impacto das TICs na contenção da propagação da Covid-19, admitiu que mesmo com a criação desta plataforma nem todos terão a possibilidade de ter acesso, apontando a Internet e meios digitais.
“Estamos neste dilema entre tentar maximizar o ensino e salvaguardar a possibilidade de exclusão que as tecnologias provocam em Angola”, observou.
Desde Março deste ano que Angola já dispõe de um regulamento sobre o ensino a distância aprovado, que vai permitir que as instituições leccionem nesta fase da pandemia.
Diversas instituições do ensino superior realizaram ensaios e experiências para o ensino a distância, tão logo Angola entrou no quadro dos países com Covid-19, com o uso de tecnologias não apropriadas.
Neste quesito, o secretário de Estado advertiu que o ensino a distância exige organização, sustentando que não basta a disponibilização de conteúdos no whatsap, Facebook e outras plataformas, tal como procederam algumas instituições.
Considerando os meios acima referidos como apenas instrumento para principiar a aproximação ao ensino a distância.
“Não temos, propriamente, ensino a distância em Angola. Estamos a dar os primeiros passos para instituir-se este ensino”, admitiu Eugénio Silva.
Segundo o responsável, em Angola algumas universidades têm plataformas, mas ainda simples, para garantir o ensino e aprendizagem.
Informou que técnicos do ministério fizeram um levantamento, em Maio, para constatar o nível preparatório, tendo-se constatado que 50% destas relataram que estavam em condições para retomar, com recurso as plataformas.
” Da experiência que observamos que só dois terços de estudantes tiveram acesso ao ensino a distância, o que indica que temos ainda muitos problemas”, reparou.
Experiências de ensino a distância e uso das tecnologias foram partilhadas com técnicos informáticos e professores universitários.