O Ministério das Finanças não paga as obras do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) há mais de dois meses, o que tem estado a gerar alguns descontentamentos entre os empreiteiros.
Os empreiteiros envolvidos no referido programa deixaram de ver a cor do dinheiro desde Outubro do ano passado, o que lhes tem causado vários transtornos.
“Estou com sérias dificuldades para pagar os salários dos meus trabalhadores, comprar materiais de construção e equipamentos, assim como honrar os compromissos fiscais”, lamenta um dos empreiteiros baseado em Benguela que, por razões óbvias, pediu o anonimato.
No Bié, outro empreiteiro que evocou as mesmas razões, avisa que poderá suspender as suas actividades caso o Ministério das Finanças não liberte as verbas em falta.
A falta de pagamentos, segundo apurou este portal, é de âmbito nacional e abrange a generalidade dos empreiteiros. No Cuando Cubango, por exemplo, existe um enorme atraso na execução das obras e, que segundo fontes locais, este terá sido o principal motivo que levou ao afastamento do governador Júlio Bessa.
Embora as obras do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios estejam cabimentadas, o facto é que o Ministério das Finanças não tem estado a cumprir com a sua parte, o que poderá comprometer seriamente a execução deste programa de impacto social, mas que alguns críticos consideram-no de cunho eleitoralista.
Contactada a propósito, uma fonte do Ministério das Finanças reconheceu a existência de “alguns atrasos nos pagamentos”, mas admitiu que, em breve, a situação será ultrapassada, sem contudo avançar datas.