Generais na reforma estão agastados com atraso na reposição de pensões e lamentam a falta de resposta do Estado angolano. Militares decidiram ir à Presidência pedir o pagamento de pensões.José Nelson, presidente da associação dos generais, capitães e oficiais subalternos, acusa o governo de negligenciar a situação dos militares na reforma.
Segundo o presidente da associação dos militares angolanos reformados, José Nelson, os pensionistas aguardam há mais de dez anos pelo pagamento das suas pensões.Ele criticou o silêncio do governo perante a situação dos ex-militares.
“A nossa preocupação consiste no silêncio. O silêncio perante a resolução da crise que nos afecta desde Agosto de 2009 até à corrente data”, desabafou o também brigadeiro na reforma.
O interlocutor espera que Estado solucione o problema até 30 de outubro. Em caso de o governo ignorá-lo , os militares irão protestar à Presidência República para exigir que a justiça seja feita .
Segundo o líder associativo, trezentos militares reformados em 2004, com garantias de pensões vitalícias, quatro anos depois tiveram todos os seus subsídios cortados, sob pretexto da crise financeira internacional.
José Nelson voltou a exigir que o Estado pague os subsídios de acordo com o grau militar de cada pensionista, alegando que os seus filiados têm a receber cinquenta mil milhões de kuanzas da Caixa de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas(FAA).
“Nós estamos cansados. Pediram-nos sempre calma e prometeram que problema ia ser resolvido, mas isso não passou de uma falácia”, disse o brigadeiro reformado.
A Associação dos generais e capitães recorda que em 2019, o antigo Presidente José Eduardo dos Santos havia orientado o pagamento do dinheiro, mas para espanto da maioria dos militares reformados nada foi cumprido.
José Nelson lembrou que o ano passado, responsáveis dos serviços secretos angolanos negociaram com os militares sobre o contencioso,mas as recomendações ficaram apenas no papel e sem concretização da parte mediadora.