Chanceler pede aos alemães para que não joguem fora, por meio de comportamento inadequado, o que país já conquistou na luta contra o vírus. “Nós não podemos arriscar uma recaída.”
A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, afirmou nesta quarta-feira (13/05) que o país europeu alcançou grandes conquistas na luta contra o novo coronavírus, mas que a doença continua representando um perigo.
“O coronavírus é um perigo para cada um de nós”, disse a chanceler no Bundestag (Parlamento), ao responder questionamentos dos deputados. Ela acrescentou, porém, que também aconteceram fatos encorajadores.
Como exemplo, ela mencionou que, nas últimas semanas, o número de novas infecções está num nível que pode ser suportado pelo sistema de saúde. “Vejo como um dever não colocar em risco o que alcançamos juntos”, alertou.
“Nós não nos submetemos a limitações inimagináveis desde Março para agora, porque colocamos o cuidado de lado, arriscar uma recaída”, disse Merkel.
Segundo ela, é necessário evitar uma nova onda de infecções para poder proteger vidas e reconstruir a economia do país. Por isso segue sendo importante manter a distância mínima e observar as regras de higiene.
Merkel disse que a pandemia atingiu a Alemanha num momento em que a economia ia bem e que, por isso, o país tem a chance de superar os problemas económicos. “Mas não digo que ninguém vai perceber nada [sentir os efeitos da piora económica].”
Ela descartou, ao menos no momento, aumentos de impostos por causa da pandemia.
A chanceler ainda disse que o governo vai agir para melhorar a situação trabalhista na indústria de carne do país. Em vários frigoríficos há casos de infecções pelo novo coronavírus, o que foi atribuído principalmente ao convívio próximo nos alojamentos dos trabalhadores, muitos deles vindos do Leste Europeu.
A Alemanha já registou 171.306 casos de coronavírus desde o início da pandemia. O número de mortes chega a 7.634, total consideravelmente mais baixo do que o de outros países europeus afectados pela pandemia. O ritmo de novos casos também decresceu nas últimas semanas. Nas últimas 24 horas, foram 798, segundo o Instituto Robert Koch. No início de Abril, o país chegou a registar mais de 6.000 por dia.