A UNITA em Malanje denunciou insuficiências e irregularidades no processo de registo eleitoral, mas isso foi negado pelas autoridades que exortaram o partido a apresentar por vias próprias as suas queixas.
O primeiro secretário provincial do “Galo Negro” Mardanês Calunga, em conferência de imprensa, disse que o processo está eivado de vícios que devem ser sanados com brevidade.
“O modelo adoptado pela entidade com competência para executar esta tarefa não é funcional, ou seja, os locais definidos para que o cidadão possa promover o seu registo que são os BUAPs localizados nas administrações não têm capacidade de atendimento”, disse em referência aos Balcões Únicos de Atendimento ao Público.
“É também condenável e inadmissível que a abertura do registo eleitoral seja feita na sede do MPLA, como aconteceu em Marimba no dia 17 de Outubro e transferiram para administração no dia 25 do mesmo, seguida por uma campanha massiva de recolha compulsiva de cartões eleitorais”, acusou.
O político disse que os seus fiscais impediram a tentativa de um duplo registo no município de Quirima, tal como a actualização do registo oficioso em bairros da cidade de Malanje, comuna de Cambaxe e sector de Cambondo.
“Constatamos com bastante preocupação residências onde havia indivíduos com equipamentos a efectuarem a actualização do registo eleitoral com cartões eleitorais recolhidos de sobas e secretários do partido no poder”, ensinou.
Director dos Registos nega acusações e diz que UNITA não se queixou
O director do Gabinete Provincial dos Registos e Modernização Administrativa, Lando David Pacheco, lamentou as acusações do representante da UNITA, afirmando existirem 27 Balcões Único de Atendimento ao Público (BUAP) em 14 sedes municipais e em 13 comunas.
“É de todo nosso interesse atender todo aquele cidadão que se apresentar os nossos balcões para actualizar seus dados porque são esse os elementos que precisamos para facilitar o processo que vem aí”, disse.
“Lamento que o secretário provincial da UNITA tenha levantado esses problemas todos quando sabe que deveria se dirigir a esse gabinete para podermos equacionar os elementos que ele colocou”, afirmou.
Pacheco fez notar que os fiscais quando detectam uma irregularidade têm a possibilidade de preencher “modelos próprios e “remeter ao balcão (BUAP) e o balcão por sua vez vai canalizar à Administração”.
“Esta analisa, se puder dar tratamento dá tratamento, caso contrário encaminha ao Gabinete [Provincial dos Registos e Modernização Administrativa]”, disse.
“E eu devo dizer que desde que nós começamos o processo no dia 23 de Setembro até à data presente [10 de Novembro 2021] não recebi nenhuma reclamação”, acrescentou.