O Partido FNLA em Angola continua retalhado por divisões internas com lutas em tribunal, facções a realizarem congressos separados e com diversos dirigentes a proclamarem-se presidentes desta histórica organização agora à beira da irrelevância política.
O último caso deu-se no início da semana quando um congresso elegeu Pedro Dala como presidente algo que imediatamente foi posto em causa pelo deputado Lucas Ngonda, reconhecido pelas autoridades como o presidente do partido.
Ngonda disse que vai impugnar em tribunal o congresso no qual foi eleito Pedro Dala como novo presidente do partido histórico angolano, acrescentando que o verdadeiro congresso da FNLA se vai realizar entre 16 e 18 de Setembro,
Dala, disse Ngonda, tinha sido destituído do cargo de secretário-geral
Dala respondeu que Ndonga tem sempre desculpas para atrasar a realização do congresso porque não quer abandonar a liderança do partido antes de 2022.
‘Depois vai dizer que temos que organizar o comité central em outro tempo e o tempo vai passar, até 2022” disse, acrescentando que “não podemos ser manipulados deste modo por um único homem”.
Existem neste momento, na FNLA, a ala do Filho do fundador Holden Roberto – Álvaro Roberto – a ala de Ngola Kabangu, e a de Lucas Ngonda que tentam a união.
Surge agora quarta, assumida por Pedro Dala que é acusado por Tozé Fula, antigo secretário da Juventude do presidente Fundador Holden Roberto de não querer presentar contas a um congresso do partido,
“O irmão Dala é uma pessoa intransigente porque foge a apresentar contas e relatórios no congresso de reconciliação”, disse.
Já Pedro Gomes, outro membro influente da FNLA, desqualifica o congresso realizado pelo Pedro Dala e apela à reconciliação dos irmãos no congresso de Setembro próximo.
“O verdadeiro congresso de reconciliação e unidade é aquele que está sendo preparado é aquele que vai acontecer no próximo mês de Setembro”, disse.
Em entrevista à Televisão Pública de Angola, Lucas Ngonda disse estar pronto a abandonar a direção da FNLA, desde que seja de forma ordeira.
A VOA contactou Lucas Ngonda mas não tivemos qualquer resposta.