Mais de 200 mil habitantes da cidade do Luena, na província Moxico, podem ficar sem o consumo de água potável devido ao surgimento de ravinas ao longo das instalações de captação e pressurização da Empresa Provincial de Águas e Saneamento (EPAS).
Estas erosões se multiplicam ao longo das instalações da captação e pressurização da EPAS, no rio Lumege, devido as constantes chuvas que se abatem na região.
Ao falar à imprensa, após uma visita de constatação, o vice – governador do Moxico para o sector Técnico e Infra-estruturas, Wilson Augusto, informou que este problema impede a transportação de combustível, por meio de camiões, para abastecer os sistemas.
Disse que neste momento, o transporte de combustível é feito por meio de viaturas ligeiras, o que acarreta vários perigos para a vida do pessoal técnico.
Disse que estas ravinas e suas ramificações perigam destruir cinco postes da linha pública de transportes e energia de média tensão para as referidas infra-estruturas de captação de água.
Wilson Augusto, ao apontar o desmatamento e a construção desordenada, no local, como outra origem destes fenómenos erosivo, lembrou ser uma questão já do conhecimento do Ministério da Construção, e augura que surge uma estrada asfaltada com valas de drenagem e sistema de protecção, e outros que garantem uma solução sustentável.
“São infra-estruturas relevantes para a vida dos habitantes da cidade do Luena”, frisou, prometendo que dentro de dias serão realizados trabalhos mínimos, para atrasar a progressão das ravinas e suas ramificações.
Por seu turno, o presidente em exercício do Conselho de Administração da EPAS no Moxico, Eurico Jorge, anunciou para breve o reinício das obras no âmbito do Projecto de Desenvolvimento (PDISA II), paralisadas no final de Setembro, devido a descoberta de 15 engenhos explosivos não detonáveis, no bairro Social da Juventude.
Disse que neste momento a sua instituição trabalha com o Instituto Nacional de Desminagem (INAD), Grupo Consultor de Minas (MAG) e com a Agência Nacional da Acção contra Minas (ANAM), na questão dos custos e outras, para serem detectados e retirados possíveis engenhos explosivos naquela zona, a fim de recomeçar as obras de canalização domiciliar de água naquela no bairro Social e mais sete outros bairros do Luena.
A captação do rio Luena tem uma capacidade de bombear cinco milhões e 500 mil litros de água, durante oito horas por dia.