Resgatar o Banco Económico envolve um aumento de capital na ordem dos 1,1 biliões Kz, suportados, na sua maior parte, pelos depósitos dos clientes com mais de 3 mil milhões Kz depositados na instituição, anunciou hoje o governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José Massano
Além do dinheiro dos depositantes, o governador avançou que o empréstimo (de 340 milhões USD) que o Novo Banco fez ao Banco Económico em 2014 (no âmbito da intervenção estatal no BESA) será convertido em capital social, permitindo ao banco português que renasceu das cinzas do Banco Espirito Santo ficar com um capital social de 9,9%. Ou seja, em vez de ver a sua participação de 9,72% diluída com o próximo aumento de capital, o banco português vê agora sua posição reforçada.
Este foi a solução “correctiva” encontrada pelo banco central para garantir a continuidade da instituição bancária que não apresenta contas desde 2019 e cuja situação real foi ‘destapada’ pela Avaliação da Qualidade dos Activos que o BNA fez a mando do FMI no final daquele ano aos maiores bancos nacionais.
Assim, a administração do Banco Económico terá agora até 22 de Novembro para apresentar o novo plano de reestruturação que contemple esta e outras medidas para garantir a continuidade de operações da instituição bancária.
Esta é a solução possível para evitar que o Estado, através da Sonangol que tem 70% do capital social do Banco Económico, injecte dinheiros dos contribuintes para salvar o banco.