Sindicato acusa o Governo de pretender reduzir em 50 por cento os seus salários
Magistrados dos tribunais e do Ministério Público são-tomense entraram em greve nesta segunda-feira, 21, por tempo indeterminado, em protesto contra a proposta de reajuste salarial submetida recentemente ao Parlamento pelo Governo.
Eles não concordam com os cortes nos seus rendimentos e a decisão foi tomada pelo sindicato da classe depois de não ter chegado a acordo com Governo.
“Nós tivemos encontros com o Governo, mas não discutimos o conteúdo da carta reivindicativa aqui está o motivo de entrarmos em greve”, revela Vera Cravid, presidente do Sindicato dos Magistrados Judiciais e do Ministério Péblico, Vera Cravid, que garante que a classe continua aberta à negociação.
Os magistrados judiciais e do Ministério Público afirmam que os seus direitos adquiridos há vários anos serão afectados pela propsota do Governo, que pretende cortar salários deles para dar a outros, visando aumentar o salário mínimo na Função Pública em 100 por cento.
“Estão a por em causa vários direitos adquiridos pelos magistrados, o que leva a um corte de cerca de 50 por cento nos nossos rendimentos”, afirma a líder sindical, defendendo que os magistrados não podem ser comparados aos outros funcionários.
“Nós temos que olhar de outra forma para as pessoas que exercem a magistratura, e ainda mais, numa altura em que está em curso a reforma do sector da justiça”, conclui Vera Cravid.
A proposta vai ser debatida no Parlamento mas ainda sem data.