Em Madagáscar, pelo menos 18 pessoas morreram e mais de 30 ficaram feridas, na sequência de confrontos entre a polícia e manifestantes.
Em Ikongo, no sudeste de Madagáscar, centenas de pessoas manifestaram-se esta segunda-feira contra o rapto de uma criança albina, que terá ocorrido na semana passada.
Os protestos acabaram por terminar em violência, após as autoridades terem aberto fogo contra a multidão, quando os manifestantes tentavam entrar no posto onde estariam os quatro alegados raptores e fazer justiça pelas próprias mãos.
Um médico-chefe de um hospital da região, Tango Oscar Toky, disse à agência France-Presse que “pelo menos 18 pessoas morreram, nove no local e nove no hospital” e acrescentou que dos 34 feridos, “nove estão em estado crítico e aguardam por uma transferência para a capital do país”.
A polícia já apresentou a sua versão dos factos e diz ter feito tudo “para evitar os confrontos, incluindo tentar negociar com a multidão”.
Em Madagáscar, as pessoas albinas, portadoras de uma doença que faz com que a pele, cabelo e olhos fiquem brancos devido à falta de melanina, são frequentemente alvo de violência.