O presidente francês Emmanuel Macron sugeriu que a Europa já tem regulamentação ambiental suficiente e não precisa de mais.
Macron pediu uma “quebra regulatória” nas questões ambientais na Europa. “Estamos à frente dos americanos, dos chineses ou de qualquer outra potência global em termos regulatórios”, afirmou. “Agora precisamos de implementar em vez de adicionar mais páginas às centenas ao livro de regras verde.”
Essas observações foram feitas recentemente numa reunião cheia de executivos industriais de todo o mundo reunidos em Paris por iniciativa de Macron para discutir como reverter a desindustrialização e reviver a manufatura francesa.
Mas, Macron não está sozinho na Europa a pedir uma pausa. As propostas da União Europeia para proibir certos pesticidas e exigir que os governos restaurem florestas, pântanos e outros habitats enfrentam oposição em Bruxelas. O Partido Popular Europeu, principal grupo de centro-direita da UE que inclui partidos como os democratas-cristãos da Alemanha, manifestou-se contra ambos os componentes do acordo verde da UE, dizendo que os planos prejudicariam os agricultores.
As políticas de apoio à transição climática estão a gerar tensões entre a Europa e seu principal aliado, os Estados Unidos.
A aprovação da Lei de Redução da Inflação, nos EUA, repleta de subsídios e incentivos fiscais para indústrias do setor de energia renovável, está a gerar tensões entre os dois aliados, mostrando que embora sejam parceiros nas principais questões da geopolítica mundial, também competem um com o outro.
Alguns estados-membros da UE estão a pressionar a Comissão Europeia para encontrar maneiras de aliviar a pressão competitiva sobre os fabricantes europeus. Grupos de activistas climáticos na Europa já manifestaram a sua preocupação em relação à essas posições, receando que a União Europeia parta de uma posição enfraquecida para a Conferencia de Ação Climática COP 28 em finais de novembro 2023 no Dubai.
Por: José Correia Nunes
Director Executivo Portal de Angola