A Maternidade Provincial da Lunda Sul registou, durante o mês de Abril, 75 casos de abortos provocados em adolescentes.
Comparativamente ao mês de Março, segundo o director da instituição, António Nambiz, que falava à ANGOP, houve um aumento de 25 casos (50) envolvendo jovens dos 15 aos 25 anos de idade.
O aborto provocado é a interrupção de uma gestação, o que expõe a mulher a riscos e complicações que podem levar à morte ou afectar futuramente ocorrências de gravidez ectópica e o abortamento espontâneo.
O responsável explicou que a unidade realizou 75 curetagens pós-aborto em mulheres que chegaram a instituição com sangramento sem causa aparente.
Adiantou que a interrupção de gravidez tornou-se um hábito recorrente por parte de algumas mulheres, constituindo uma grande preocupação, em virtude dos riscos que acarreta.
Informou que a maternidade tem realizado debates radiofónicos sobre o assunto e o Centro Materno Infantil, nas consultas pré-natal, realiza acções de sensibilização e a distribuição de cartilhas informativas sobre os riscos do aborto.
O programa da instituição incluiu ainda serviços de planeamento para as mulheres em idade fértil que queiram fazer uso dos métodos anti-concepcionais, em chip, injecções e comprimidos.
Apelou as mulheres em idade fértil que ainda não desejam ser mães a aderirem ao planeamento familiar, com vista a evitar gravidezes indesejadas.
Com a média diária de atendimento de 70 pacientes e 20 partos, a Maternidade Provincial da Lunda Sul presta serviços de banco de urgência, vacinação e partos.
Possui 28 camas, 73 enfermeiros e seis médicos, dois dos quais ginecologistas e quatro clínicos gerais.