O Serviço de Investigação Criminal (SIC), na província da Huíla, confirmou hoje, quarta-feira, que o cidadão luso-sãotomense, que morreu há uma semana num hotel do Lubango, suicidou-se.
No início a investigação trabalhou com a hipótese de suicídio, mas interrogou hóspedes e funcionários do hotel, assim como verificou as imagens de vídeo-vigilância da unidade e colheu impressões digitais.
Falando aos jornalistas no acto de apresentação de supostos meliantes, o porta-voz do SIC na província, Segunda Quitumba, disse que a perícia confirmou, com base em registos, impressões digitais e análise ao computador do cidadão de 60 anos de idade, o suicídio, jogando-se do quarto andar do quarto em que estava hospedado.
O oficial disse terem sido encontradas no quarto três cartas, uma para a viúva e outras duas destinadas aos seus pais e a um amigo, assim como o telefone do malogrado, de nacionalidade luso-sãotomesse, cujo conteúdo confirma a prática do suicídio.
Detalhou que os conteúdos encontrados fazem menção a elogios feitos para essas pessoas.
A vítima que nasceu em Portugal tinha, também, um passaporte são-tomense, país de onde são originários os seus progenitores.
SIC detém cidadãos por extorsão
O SIC deteve hoje, quarta-feira, cinco cidadãos acusados de estar implicados no crime de extorsão nos municípios do Lubango e Cacula, um deles se fez passar por agente do SIC.
Trata-se de jovens com idades entre 24, 27 e 28 anos, respectivamente e dedicavam-se a assaltos à mão-armada em residências, viaturas e em hotéis.
Na ocasião foram igualmente recuperados quatro televisores plasma, três armas de fogo, sendo duas pistolas e uma arma do tipo AKM e um computador.
À imprensa, nesta cidade, o porta-voz do SIC, na Huíla, inspector Segunda Quitumba, um dos supostos marginais fazia-se passar por hóspede em hotéis e aproveitava-se da oportunidade para roubar os televisores e os comercializava a preços baixos nos mercados informais.
Afirmou ainda a detenção de um cidadão que extorquiu 103 vendedores do mercado municipal da Cacula, a 89 quilómetros a Norte do Lubango, fazendo-se passar por um agente do SIC.
A detenção foi fruto da denúncia de uma das vítimas, que movimentando uma equipa do SIC o deteve em flagrante delito.