Quinhentos e 50 milhões de litros de água/dia são produzidos, actualmente, pela Empresa Provincial de Água de Luanda (EPAL), quantidade insuficiente para a cobertura total da capital do país, que é de 1.5 milhões.
Em entrevista a TV Zimbo, na segunda-feira, o presidente do Conselho de Administração dessa instituição pública, Fernando Cunha, adiantou que a necessidade real para cobertura total é de 1.5 milhões de litros/dia, e que de momento a distribuição fica pelos 75 por cento, muito aquém das expectativas da empresa.
Afirmou que a EPAL está com 17 anos de atraso, em termos de abastecimento de água na capital angolana, recordando que o último projecto estruturante da cidade, Luanda Sudeste, remonta ao ano de 2003.
“A inversão deste quadro passa por investimentos. Na verdade, é preciso fazer investimentos em água”, afirmou, fazendo referência ao projecto do Kilonga, que considera atrasado, em decorrência da falta de financiamento, bem como o Bita, por si só, avaliado em 910 milhões de dólares americanos.
Relativamente ao constrangimento no fornecimento de água ao Hospital David Bernardino, Fernando Cunha disse ter se tratado de atrasos verificados na conclusão de trabalhos no centro de tratamento de Kifangondo.
“Houve um trabalho que devia ser realizado em 24 horas, mas estendeu-se para 48, afectando o abastecimento de parte sul da zona de Luanda, mas a situação já está normalizada”, informou.
Adiantou que algumas alternativas estão a ser desenhadas, em termos de projectos, para que situações do género não voltem a acontecer, referindo que está a ser feito um trabalho em paralelo no Hospital Josina Machel, que recebia àgua alternadamente e neste momento tem um ramal que oferece àgua 24/24.
De acordo com o presidente do Conselho de Administração da EPAL, o mesmo será feito no Hospital David Bernardino, sendo que os trabalhos terão uma duração máxima de até uma semana.
A província de Luanda conta, actulmente, com 12 postos de abastecimento, destacando-se os de Kifangondo, Luanda Sudeste, Calumbo, Bita e Bom Jesus.