O ministro dos Negócios Estrangeiros Dominic Raab condenou as sanções de Pequim contra as entidades britânicas que denunciaram a violação de direitos humanos feitas à minoria uigur e garantiu que enquanto as autoridades chinesas se recusarem a permitir o acesso a Xinjiang da Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos a pressão internacional se vai manter.
Pequim retaliou com sanções contra nove entidades britânicas, incluindo deputados e organizações depois do Reino Unido, ao lado da União Europeia e do Canadá, terem denunciado a perseguição à minoria de uigures na região Xinjiang.
Em entrevista ao canal de televisão Sky News, o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico reiterou que as sanções impostas pela China não vão impedir o país de “continuar a discutir o destino dos uigures muçulmanos e de outras minorias em Xinjiang”.
Dominic Raab anunciou que Londres vai convocar o embaixador chinês e garantiu que enquanto Pequim se recusar a permitir o acesso a Xinjiang da Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet a pressão internacional se irá manter.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, utilizou as redes socais para defender que “a liberdade de expressar oposição aos abusos é fundamental”, lembrando que os britânicos que foram alvo das sanções de Pequim desempenham “um papel crucial” na denúncia “a graves ataques aos direitos humanos”, na situação que envolve a minoria uigur.
Este novo episódio confirma as frágeis relações entre os dois países, o governo de Boris Johnson considerou recentemente Pequim como “a maior ameaça à segurança econômica da Grã-Bretanha”, ao mesmo tempo que prometeu continuar uma relação comercial positiva e cooperar com a China contra as mudanças climáticas.