A Lituânia vai encerrar duas das passagens fronteiriças com a Bielorrússia a partir de sexta-feira, em resposta à presença dos mercenários do grupo Wagner no território do país vizinho. Há várias semanas que a tensão entre a Bielorrússia e os seus vizinhos da União Europeia tem vindo a aumentar.
“O principal ponto e objetivo é ter o maior número possível de guardas fronteiriços. Isso é o que está a ser feito, porque é onde eles são mais necessários. A nossa Guarda de Fronteiras está a fazer esses planos para que as pessoas estejam na fronteira e não a fazer trabalho administrativo”, afirma Agne Bilotaite, ministra lituana do Interior.
A segurança nas fronteiras foi um dos principais assuntos discutidos durante a visita do presidente da Letónia a Varsóvia. O chefe de Estado polaco destacou as ameaças da agressão híbrida da Bielorrússia e prometeu fornecer ajuda militar à Letónia, se necessário.
A Polónia fechou todos os postos fronteiriços com a Bielorrúsia este ano, à exceção de um. A Letónia está a reforçar o número de efetivos na fronteira com a Bielorrússia, depois de ter detetado um aumento das travessias ilegais.
A concentração de migrantes incentivada por Minsk nas fronteiras com a Lituânia, a Letónia e a Polónia é considerada uma tática de “guerra híbrida”.