O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, incentivou, ontem, em Luanda, a organização feminina do partido a transformar-se num instrumento galvanizador das mulheres angolanas na mobilização da sociedade para os desafios que tragam soluções às dificuldades do país.
Ao intervir na tomada de posse da direcção da Liga da Mulher Angolana, Adalberto Júnior afirmou que o trabalho árduo e a abnegação fizeram da LIMA uma organização estratégica para enfrentar e vencer desafios.
A LIMA, disse, deve ter entre os seus programas a mobilização e organização das mulheres angolanas nas diferentes sensibilidades, para a elevação da sua consciência, condição determinante da participação nas acções de cidadania, “que, quando assumidas por todos, podem provocar mudanças”.
Para o líder do maior partido da oposição, a realidade económica e social das populações é preocupante, pois aumenta o número de famílias na miséria, perante as quais “o Executivo não apresenta soluções adequadas”.
“As estatísticas do Executivo não correspondem à real vivência das populações”, considerou Adalberto Júnior, para quem não é só a Covid-19 que está a matar, as outras endemias continuam a causar inúmeras mortes no país.
O político manifestou, igualmente, indignação com o número de mortes causadas pela “actuação imprópria e excessiva” de alguns agentes da Polícia Nacional.
Apelo à coesão
A presidente da LIMA pediu aos membros empossados coesão e compromisso com a missão que lhe foi conferida, responsabilidade colectiva e individual, bem como empenho nos ideais e princípios fundamentais do partido.
Helena Abel, que também tomou posse, ontem, para um segundo mandato de quatro anos, referiu que nenhuma organização sobrevive sem estabelecer uma permanente comunicação e laços de confiança que se conquistam nas relações de trabalho.
Pela primeira vez, a LIMA tem duas vice-presidentes: Sandra Cacunha e Cristina Martins, que também tomaram posse perante o presidente da UNITA.
Manuela dos Prazeres Cazoto, segunda candidata mais votada no congresso que reelegeu Helena Abel, prometeu continuar a apoiar a direcção da LIMA e o partido. Informou que o partido está a analisar o processo que resultou na sua contestação sobre os resultados eleitorais do congresso.