RFI | Guilherme Monteiro
O alto comissário da ONU para os refugiados disse que, até ao momento, esta é a pior tragédia no Mediterrâneo este ano. Teme-se a morte de cerca de 150 pessoas.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) fala no desaparecimento de 150 pessoas. Outras 150 foram salvas pela guarda costeira do país e pescadores locais que levaram as vítimas para terra, onde receberam entretanto assistência médica.
Segundo declarações de fontes de segurança à agência espanhola EFE, a embarcação tinha deixado a cidade líbia de Al Khoms, a 120 quilómetros a leste de Trípoli, e não se sabe até ao momento se o naufrágio envolveu mais do que uma embarcação.
“Notícias terríveis. As informações dão conta de um grande naufrágio ao largo da costa da Líbia”, disse Charlie Yaxley, porta-voz do ACNUR para a África e o Mediterrâneo, numa mensagem publicada na sua conta oficial da rede social Twitter, o que lançou o alerta para a catástrofe.
É preciso recordar que a Líbia é o ponto de partida para quem tenta atravessar o Mar Mediterrâneo para chegar à Europa. Segundo o último relatório da Organização Internacional das Migrações, mais de 600 pessoas morreram desde o início do ano no mar Mediterrâneo ao tentarem chegar ao continente europeu.
Já no ano passado, foram mais de 2.000 os migrantes que perderam a vida nesta travessia.