A República Democrática do Congo (RDC) e a República do Ruanda acordaram, no sábado, na capital angolana, manter a manutenção de diálogo e de concertação política, para uma solução pacifica da crise que divide Kinshasa e Kigali.
Luanda acolheu, ontem, a reunião técnica de mediação sobre a crise entre a República Democrática do Congo e do Ruanda, na sequência dos últimos incidentes que culminaram com a expulsão do embaixador ruandês em Kinshasa.
Entretanto, o comunicado final lido pelo ministro das Relações Exteriores, Téte António, ressalta que o encontro traçou mecanismos de diálogo e orientou as partes a normalizarem as relações bilaterais, com o propósito de se ultrapassar o conflito que opõe a RDC e o Ruanda.
“A manutenção do mecanismo de diálogo e concertação política entre as autoridades da República Democrática do Congo e República do Ruanda, como via para resolução da crise política que põe os dois países irmãos. A definição de um cronograma para acelerar a implementação do referido roteiro e os compromissos assumidos pelas partes no quadro da reunião da Comissão Conjunta Permanente entre a República Democrática do Congo e a República do Ruanda, realizada em Luanda nos dias 20 e 21 de Julho”, descreve documento saído da Cimeira Tripartida.
O chefe da diplomacia angolana disse, também, que a reunião de Luanda abordou várias questões sobre o conflito entre os dois países, incluindo a saída do embaixador ruandês de Kinshasa.
“Abordamos todas as questões, incluindo a questão da saída do embaixador do Ruanda da RDC. Quando falamos de normalização das relações entre os dois países, não entramos em detalhes. Temos, portanto, este aspecto também incluído, que foi abordado na reunião com os dois países”, lembrou o ministro Téte António.
A tensão entre a RDC e o Ruanda aumentou, nos últimos meses, após o reinício, em Março último, dos combates entre o exército da RDC e o movimento M23.
RFI