A pena de Conrad Murray será divulgada nesta terça-feira. O médico, condenado por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) no processo sobre a morte de Michael Jackson, pode pegar até quatro anos de prisão.
Além da pena máxima para esse tipo de acusação, a procuradoria quer que Conrad Murray pague uma indenização à família de Michael Jackson. Como o cantor estava preparando uma série de shows em Londres quando faleceu, os advogados consideram que a morte do “Rei da Pop” causou uma perda financeira de cerca de 100 milhões de dólares.
Murray pode ser condenado a quatro anos de prisão, além de ter a sua licença de médico cassada. Sua defesa, no entanto, pede o ele seja colocado em liberdade condicional e cumpra apenas trabalhos comunitários. “Mandar para a prisão um homen apontado por todos como alguém que dedicou sua vida profissional às populações em dificuldades seria totalmente inadequado”, alegam os advogados.
Durante o processo que durou seis semanas, o júri considerou Conrad Murray culpado de “negligência criminal”. Ele teria contribuído para a morte de Michael Jackson, que faleceu em 25 de junho de 2009 vítima de uma “grave intoxicação” causada pelo uso de propofol, um forte sedativo. O medicamento era utilizado frequentemente pelo cantor como sonífero, com a cumplicidade do doutor Murray. O médico, que havia sido contratado para cuidar da preparação física do artista antes dos shows em Londres, reconheceu durante o processo ter injetado o calmante em Jackson na manhã de sua morte.
Silvano Mendes
Fonte: RFI
Foto: Reuters