VOA | Ramos Miguel
O secretário-geral da Renamo, André Majibire, diz que a Junta Militar deve apresentar, formalmente, as suas reivindicações à direcção do partido, mas o general Mariano Nhongo afirma que não há nada a negociar com Ossufo Momade.
André Majibire apelou à Junta Militar a reconsiderar a sua posição de não reconhecer a liderança de Ossufo Momade, afirmando que a Renamo está aberta a dialogar com a dissidência.
“Eles são nossos irmãos e por isso devem apresentar as suas reivindicações ao partido, duma forma oficial”, afirmou o secretário-geral.
Contudo, o presidente da Junta Militar da Renamo, Mariano Nhongo, diz que “não há nada a negociar com Ossufo Momade e sua equipa, eu é que sou o presidente da Renamo, eleito pelos militares”.
Nhongo afirmou ainda não haver qualquer tipo de contacto com Ossufo Momade, a quem acusa de, em conluio com o Governo, “pretender destruir a Renamo”.
“Querem que eu negoceie com Ossufo Momade, negociar o quê?”, interroga-se Mariano Nhongo, que acusa também o Governo de ” esconder o acordo que assinou com Afonso Dhlakama” sobre a desmobilização dos guerrilheiros.
Fonte governamental disse, no entanto, que no diálogo com a Renamo, o Executivo está a observar tudo o que havia sido acordado com Afonso Dhlakama.
Entretanto, Yaqub Sibindy, que se diz defensor da causa da Junta Militar da Renamo, afirma que “pedir para esta reconsiderar a sua posiçã, é ignorar as suas reivindicações quanto ao desarmamento, desmilitarização e reintegração social dos guerrilheiros” e sublinha que esse processo “só pode ser liderado por Mariano Nhongo”.