Um grupo de 20 indivíduos, detidos, sexta-feira, pela Polícia Nacional, sob acusação de estarem envolvidos nos actos de vandalismo de oito autocarros públicos, no município de Viana, em Luanda, vão a julgamento amanhã.
Uma fonte da Polícia Nacional realçou que os jovens que vão ser julgados fazem parte de um grupo que se tinha concentrando junto à sede do Partido de Renovação Social (PRS), no bairro Capalanga, para reivindicar o pagamento dos serviços prestados durante as Eleições Gerais, ocorridas a 24 de Agosto.
Explicou que, tendo em ânimos exaltados, as forças da Ordem procuraram dispersar os jovens, para evitar situações menos boas. Mas, o grupo de reivindicadores criou outro ponto de concentração, junto à paragem de autocarros públicos, onde montaram barricadas.
Além disso, continuou a fonte policial, os jovens manifestantes arremessaram vários objectos contundentes e quebram vidros e outros equipamentos de oito autocarros, dos quais, quatro articulados.
Neste momento, assegurou a fonte, as autoridades de investigação estão a trabalhar para identificar outros elementos envolvidos no caso, para serem, igualmente, levados à Justiça.
Ainda em Viana, os proprietários de uma residência, no bairro Capalanga, foram assustados, na manhã de sexta-feira, quando um engenho explosivo não detonado penetrou sobre o tecto.
O porta-voz da Polícia, em Luanda, superintendente Nestor Goubel, explicou que o engenho explosivo não detonado foi depois encontrado no solo, numa zona baldia, mas sem causar danos humanos.
O edifício, onde o engenho bateu e fez ricochete atingindo o telhado, é pertença de um homem, de 64 anos, explicou o porta-voz da Polícia, em Luanda.
Nestor Goubel disse que o engenho explosivo apresenta sinais de corte, causado por uma rebarbadora/maçarico e, presumivelmente, num estabelecimento de aproveitamento de materiais ferrosos.
O engenho explosivo foi removido por sapadores de minas das Forças Armadas e levado ao Regimento de Polícia Militar, para posteriores pesquisas e análises.
O oficial da Polícia Nacional disse, ainda, que as forças afectas ao Serviço de Investigação Criminal, Ilícitos Penais e Serviços de Informações Policiais estão em diligências para se determinar a origem e os presumíveis autores do manusemaneto do explosivo, no sentido de serem responsabilizados.