VOA
O Presidente da Guiné-Bissau anunciou a sua recandidatura ao cargo nas eleições presidenciais marcadas para 24 de Novembro.
O esperado anúncio de José Mário Vaz aconteceu, em Bissau, na quinta-feira, 29, perante os seus apoiantes, provenientes sobretudo do interior do país, onde afirma ser “uma figura de paz”.
Não obstante a sua Presidência ter sido muito atribulada, com seis primeiro-ministros e sete Governos, em apenas cinco anos, Vaz arroga ter feito uma magistratura positiva, sem golpes de Estado, assassinatos políticos, com liberdade de manifestações, de imprensa e de opinião.
Entretanto, nesse período, o país esteve, em muitas aspectos, “sob a chancela” da Comunidade Económica de Desenvolvimento dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que determinou a formação de governos e chegou a aplicar sanções a 19 personalidades guineenses, entre elas um filho de Vaz.
Algumas importantes decisões internas foram inclusive emanadas das cimeiras dos Chefes de Estado e do Governo da organização.
Sem apoio declarado, por agora, de nenhum dos principais partidos, que já escolheram os seus candidatos à excepção do PRS, que esteve ao seu lado em muitos momentos da sua Presidência, José Mário Vaz terá como adversários já conhecidos Domingos Simões Pereira, antigo primeiro-ministro e líder do PAIGC, Carlos Gomes Júnior, antigo primeiro-ministro ex-presidente do PAIGC, e Umaro El Mockhtar Sissoco Embalo, antigo primeiro-ministro durante a gestão de Vaz.
O adversário de Vaz em 2014, Nuno Gomes Nabian, deve ser o candidato apoiado pelo APU-PDGB, enquanto o secretário geral do PGR, Florentino Mendes Pereira, manifestou a sua intenção de concorrer mesmo como independente.