Angop
O escritor e jornalista José Eduardo Agualusa afirmou, em Luanda, que a liderança do Presidente angolano João Lourenço trouxe uma nova esperança para o país e abriu uma janela de esperança para a sociedade civil.
“Ninguém imaginava. A verdade é que há pouco tempo, dois anos, vivíamos um período de estagnação, sem grande esperança de mudança”, afirmou em entrevista ao Jornal de Angola.
Ao abordar a questão da transição política em curso no país, o escritor residente em Moçambique sublinhou que, com João Lourenço, “chegou o fim do medo entre a sociedade civil”.
Hoje em Angola, prossegui Agualusa, “respira-se muito melhor”.
Sublinhou que “o medo deslocalizou-se no sentido em que aqueles que tinham, que era o conjunto da sociedade civil, deixaram de o ter”.
Na óptica do escritor, que está em Angola para participar numa oficina de escrita criativa, o medo passou para o partido no poder.
“Quem hoje vive com medo são os militantes históricos, os que ainda não sabem bem hoje o que é que vai acontecer”, expressou.
Na entrevista, o escritor ressaltou que o país está a caminho de uma democracia mais sólida, embora, do seu ponto de vista, ainda falte muito por fazer.
Sobre a implantação do Poder Local, que o país poderá efectivar em 2020 com a implantação das autarquias, disse ser um bom sinal, sublinhando que há outros desafios, como despartidarizar o aparelho do Estado e fazer a oposição mais forte e credível.
Defendeu que “a democracia passa não só por um Governo sólido, mas também por uma oposição sólida, qualquer que ela seja e qualquer que seja o Governo”.
Em relação ao combate à corrupção, uma das bandeiras da presidência de João Lourenço, José Eduardo Agualusa entende que esse combate deve começar dentro do MPLA, porque foi aí que houve mais enriquecimento rápido.
Segundo o escritor e jornalista, toda a sociedade tem o dever de apoiar o Presidente João Lourenço, neste momento, no que diz respeito ao combate à corrupção.
A propósito, referiu que a maior parte dos inimigos de João Lourenço não estão fora, mas dentro do seu próprio partido. “É preciso apoiar o Presidente João Lourenço neste combate”.
Para José Eduardo Agualusa, João Lourenço tem revelado uma coragem política e uma capacidade de articulação que tem surpreendido.