Em São Tome e Príncipe, apesar da constituição defender a liberdade de imprensa e dela ser, em grande parte, respeitada, os jornalistas consideram que falta muito para que eles sejam dignificados.
Segundo avança a VOA, a imprensa privada é praticamente inexistente num mercado pequeno que não antevê grandes mudanças no sector.
Nesta sexta-feira, 3, Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, os jornalistas estiverem reunidos para “reflectir e validar documentos de dignificação” da classe que serão submetidos ao poder executivo e legislativo.
Maximino Carlos, jornalista da rádio pública desenha o cenário e actual e chama atenção para o que chama de salário “mísero dos profissionais” da imprensa.
“Os jornalistas ainda carecem de um estatuto e da carteira profissional, carecem de um código de ética e deontologia”, sublinha Carlos, alertando para a necessidade de dignificação dos jornalistas que recebem um “salário mísero”, de forma a “que não sejam aliciados pelo poder político, poder económico e outros poderes”.
Octávio Soares, do Folha Tropical, também destaca a deficiente situação financeira dos jornalistas que “procuram alternativas na política, o que abona a favor da classe e da liberdade de imprensa”.
O pais praticamente não tem imprensa privada, além de duas rádios ligadas a igrejas e comunitárias, o que tanto Maximino Carlos como Octávio Soares lamentam.
“Há necessidade de um quadro de apoios porque o mercado é pequeno e pobre”, concluiu Soares.