Sete jornalistas angolanos investigados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), manifestaram-se nesta terça-feira, 15, em frente à sede da instituição em Luanda, contra o que chamam de perseguição por parte da justiça.
Eles não foram recebidos por nenhum responsável, e nem o pediram, segundo indicaram à VOA, tendo apenas manifestado as suas posições.
Luis Pedro, editor do portal Club-K e que responde por alguns processos, diz aguardar com tranquilidade mas alerta que o órgão não vai ceder a pressões.
“O Club-K nunca cedeu ao Governo”, refere Pedro quem, no entanto, admite que esses processos decorrem da promessa feita recentemente pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social de que “haveria de rever alguns sites em funções e que por isso não nos surpreenderíamos nada se fôssemos vítimas do Estado”.
Por seu lado, Escrivão José, do jornal Hora H, pediu ao Presidente João Lourenço, “que é quem nomeia o PGR”, que “instrua a procuradoria a parar de investigar os jornalistas”.
“Também em nome dos que não estão aqui, como o jornalista Resgate, o Armando Chicoca (da VOA), estamos na mesma causa, estamos unidos, para alertar o Governo que pare de investigar os jornalistas angolanos, que investigue os governantes corruptos que delapidaram o erário público, que investigue os governantes corruptos que metem as empresas dos irmãos e amigos a funcionar nas suas áreas de jurisdição e aqueles que cada vez mais estão a assassinar os irmãos angolanos”, afirmou José.
Entre os manifestantes estavam também Mariano Brás, director do Jornal O Crime, Liberato Furtado, da Rádio Luanda, Jorge Neto, da Manchete,e Coque Mukuta, correspondente da Voz da América em Luanda.
Todos esses profissionais respondem a vários processos junto da PGR.