Presidente americano diz que vai trabalhar com parceiros para pressionar as autoridades militares e promete rever sanções ao país
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu pressão internacional para que militares de Mianmar “renunciem imediatamente” ao poder após o golpe de Estado desta segunda-feira, 1, em que o exército afastou e prendeu o Presidente, o primeiro-ministro e políticos do Governo e ainda desligou a internet e suspendeu voos.
“A comunidade internacional deve unir-se numa só voz para pressionar que os militares birmaneses renunciem imediatamente ao poder”, disse Biden em comunicado, no qual ele classificou o golpe militar como um “ataque directo à transição democrática”, que dura mais de uma década no país.
Biden acrescentou que os Estados Unidos vão trabalhar com aliados da região para apoiar a transição e que podem rever as sanções a Mianmar.
O país vivia uma fase democrática desde 2011, depois de quase 50 anos de regime militar.
Os militares justificam o golpe com supostas “enormes irregularidades” mas eleições legislativas de novembro, ganhas por ampla maioria pelo partido de Aung San Suu Kyi, a Liga Nacional para a Democracia (LND), e dizem que vão organizar uma votação “livre e justa” após o estado de emergência.
Os militares bloquearam as estradas ao redor da capital com tropas, caminhões e veículos blindados, enquanto os helicópteros militares sobrevoavam a cidade, e desligaram o sinal de internet e telefonia móvel em todo o país.