24 C
Loanda
Sábado, Novembro 23, 2024

João Lourenço saúda Acordo de Paz em Moçambique

PARTILHAR

Angop

O Presidente angolano, João Lourenço, saudou “vivamente”, este sábado, o novo Acordo de Paz assinado entre o Governo moçambicano e a Renamo, para pôr termo a anos de conflito, no país.

Numa mensagem endereçada ao seu homólogo moçambicano, Filipe Jacinto Nyusi, o estadista angolano diz ter recebido “com bastante satisfação” a notícia sobre a assinatura deste Acordo, que vai permitir edificar as bases do desenvolvimento e de “um futuro de prosperidade para os povos africanos”.

“Este importante acontecimento dá-nos fortes razões para saudar vivamente, em nome do Executivo, do Povo angolano e no meu próprio, o entendimento alcançado entre moçambicanos que acreditaram na via do diálogo construtivo (…)”, escreve João Lourenço na nota postada na sua conta Facebook.

No seu entender, o novo acordo permitirá pôr termo a um conflito que durante anos dividiu os moçambicanos e separou-os “das questões centrais do desenvolvimento e da construção do bem-estar e da felicidade do povo de Moçambique”.

João Lourenço exprimiu igualmente a sua “plena convicção” de que este entendimento devolve definitivamente a Moçambique e ao seu povo, em primeiro lugar, e também à sub-região e a África, em geral, a paz anseada por todos, para que o grande potencial de Moçambique “sirva os interesses nacionais dos moçambicanos, os da África Austral e os do nosso continente”.

O Acordo de Paz foi assinado, quinta-feira, pelo presidente Filipe Nyusi e pelo líder da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), Ossufo Momade, com vista à “cessação das hostilidades militares”, em Moçambique.

Este entendimento acontece depois do início, segunda-feira, do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração dos membros do braço armado da Renamo e a entrega por esta última da lista dos seus oficiais que vão integrar a Polícia da República de Moçambique (PRM).

Além do acordo para cessação das hostilidades militares de quinta-feira, as partes vão ainda assinar, este mês, um Acordo Geral de Paz final, que será depois submetido como proposta de lei ao Parlamento.

O Governo moçambicano e a Renamo já assinaram, em 1992, um Acordo Geral de Paz, que pôs termo a 16 anos de guerra civil, mas que foi violado, entre 2013 e 2014, por confrontos armados entre as duas partes, devido a diferendos relacionados com as eleições gerais.

Em 2014, as duas partes assinaram um outro acordo de cessação das hostilidades militares, que também voltou a ser violado até à declaração de tréguas por tempo indeterminado, em 2016, mas sem um acordo formal.

spot_img
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
spot_imgspot_img
ARTIGOS RELACIONADOS

Botswana e Moçambique duas visões opostas da África Austral

Estes últimos dias, ocorreu uma história de duas transições na África Austral. Primeiro as boas notícias. O Botswana, com...

Vários mortos nas manifestações em Moçambique

Várias cidades de Moçambique foram este sábado (02.11) palco de protestos contra os resultados eleitorais. Há registo de, pelo...

Tensão política em Moçambique atinge ponto crítico após eleições contestadas

Os moçambicanos preparam-se para mais turbulência política na sequência do apelo do líder da oposição, Mondlane, para uma semana...

Crise política agrava-se em Moçambique com manifestantes e jornalistas atacados esta manhã em Maputo pela polícia

A Polícia moçambicana dispersou esta manhã, 21 de outubro, uma manifestação no centro de Maputo, convocada pelo candidato presidencial...