Félix Tshisekedi foi reeleito para um segundo mandato de cinco anos, nas eleições presidenciais de 20 e 21 de Dezembro passado, com 73,34% dos votos, segundo dados da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI).
Dos resultados gerais, Tshisekedi foi secundado por Moïse Katumbi, ex-governador de Katanga (18,08% ), Martin Fayulu, líder da oposição (5,33%) e Adolphe Muzito (1,12%).
Os cerca de 20 outros candidatos, incluindo Denis Mukwege, vencedor do Prémio Nobel da Paz, não alcançaram o 1% dos votos.
Felix Tshisekedi chegou ao poder em Janeiro de 2019 ao vencer as eleições de 30 de Dezembro de 2018, sucedendo a Joseph Kabila.
O pleito de 2018 é considerado histórico por ter sido a primeira vez na história do país, independente da Bélgica desde 1960, que ocorria a transição política pacífica, por meio de sufrágio direito e universal.
De acordo com autoridades protocolares da RDC, vários chefes de Estado e de governo ou seus representantes devem testemunhar a cerimónia.
Os Estados Unidos da América e a União Europeia devem enviar emissários.
O estadista angolano, na qualidade de presidente CIRGL, tem prestado atenção especial as questões relacionadas com a estabilidade política e militar com iniciativas para pacificação da região leste e para a normalizar as relações com o vizinho Ruanda.
Conseguiu que os Presidentes congolês democrático e ruandês, Paul Kagame, resolvessem um contencioso fronteiriço entre Catuna e Gatuna.
João Lourenço mediou numa cimeira Tripartida entre Angola, a RDC e o Ruanda, a adopção de um acordo para a Pacificação da Região Leste da RDC, conhecido como Roteiro de Luanda.
O Chefe de Estado angolano preside a Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos (CIRGL), que a RDC é membro.
Os dois países são igualmente membros da da Comunidades de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e Económica de Estados da África Central (CEEAC).
Com Angola, a RDC faz fronteira a sul e a oeste numa extensão de cerca de dois mil 500 quilómetros.
O país vizinho tem uma saída para o oceano Atlântico entre as províncias angolanas de Cabinda e do Zaire, e então ligados também através do caminho-de-ferro de Benguela.
Angola e a RDC partilham a exploração de petróleo junto da foz do rio Zaire, e cooperam nos domínios de defesa e segurança,
A cooperação bilateral entre Angola e a RDC tem o seu quadro jurídico assente no acordo Geral de Cooperação Económica, Científico-Técnico e Cultural, assinado em 17 de Outubro de 1978, na sequência da visita oficial ao então Zaíre, em Kinshasa, do Presidente António Agostinho Neto.
Desde então, foram assinados diversos instrumentos jurídicos e acordos bilaterais que regulam as relações e cooperação entre os dois países em diferentes sectores, como transportes rodoviário, ferroviário, aéreo, marítimo e fluvial, ciência e tecnologia, comercial, entre outros.
Independente da Bélgica desde 30 de Julho de 1960, a RDC ocupa uma extensão de 2 344 858 quilómetros quadrados e tem uma população estimada em 94 milhões 660 mil habitantes, segundo dados do Banco Mundial, de 2022.
O produto interno bruto (PIB) é calculado em 77,486 biliões de dólares e per capita de 843 USD. JFS/VIC