A Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) em Angola indicou que poderá ir a tribunal para recuperar as catedrais que foram confiscadas pelas autoridades angolanas na sexta-feira.
Num comunicado a IURD disse que as apreensões são ilegais e um atentado à liberdade religiosa.
Na sexta-feira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) angolana apreendeu sete templos da IURD em Luanda, pela alegada prática dos crimes de associação criminosa, fraude fiscal, exportação ilícita de capitais e outros ilícitos de natureza análoga.
A decisão segue-se a uma disputa entre dissidentes angolanos e pastores e dirigentes brasileiros da igreja que resultaram na ocupação de várias das catedrais pelos dissidentes.
Uma Comissão de Reforma destituiu, em finais de Julho, a direcção e elegeu novos membros, pondo igualmente fim aos serviços dos missionários brasileiros, decisões publicadas numa ata que a IURD Angola diz ser ilícita.
No seu comunicado a IURD desmente “veementemente” as acusações da PGR angolanas“lamentando profundamente que a sua imagem, dos seus membros, obreiros, pastores e bispos estejam a ser manchadas, sem possibilidade de contraditório e defesa”.
A decisão, disse, é um atentando à liberdade religiosa e “entende que os mecanismos judiciais utilizados no decurso da acção em causa enfermam de ilegalidades, as quais serão devidamente arguidas em sede e local próprio”.